Desde os icónicos fatos de Elsa Schiaparelli, com ombros pronunciados e cinturas justas, até às reinterpretações de Roseberry, a alfaiataria sempre foi um dos pilares fundamentais da maison. Nesta estação, esse pilar da marca assume um novo visual: casacos esculpidos com ombros pronunciados, cinturas justas com fivelas douradas e calças bootcut que redefinem a silhueta da mulher Schiaparelli.
O diálogo entre o savoir-faire parisiense e o espírito do Oeste é o resultado da própria realidade de Roseberry: um designer texano sediado na Place Vendôme que entende de moda tal como Elsa entendia na sua época, mas também no presente. Em Lone Star, a feminilidade assume novas proporções, e o habitual excesso das criações da casa é modulado ao ponto de se assemelhar a escultura.
Enquanto as coleções de alta costura da casa exploram essa teatralidade e nos fazem sonhar — espartilhos dourados, volumes impossíveis, bustiers anatómicos, vestidos feitos de chips eletrónicos… —, a linha RTW canaliza a mesma energia, mas para um estilo casual; a fantasia surrealista é traduzida no padrão, na tensão das pinças, no gesto medido de uma cintura apertada…
A alfaiataria atual já não representa uma mulher limitada, mas sim uma mulher ansiosa por conquistar o mundo. Nesta era pós-minimalista, em que marcas como Balenciaga, Mugler e The Row reinterpretam o fato de uma forma mais minimalista, a Schiaparelli oferece uma visão mais emocional e escultural, mais ousada, mas ainda assim sofisticada.
Cada peça da coleção — agora disponível nos Salões Schiaparelli na 21 Place Vendôme e na Harrods, Bergdorf Goodman, Neiman Marcus e Mandarin Oriental Dubai Jumeirah — incorpora essa dualidade entre excesso e defeito.
O resultado é um manifesto, não silencioso, mas quase, da alfaiataria que transforma o corpo em arquitetura humana.
O espírito do desfile Outono/Inverno 2025 da Schiaparelli está incorporado na nova versão da Secret bag.
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