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Hard GZ regressa às origens com LACOSTA II

Hard GZ volta às suas raízes com LACOSTA II, um álbum honesto que retrata a vida na costa galega e o seu povo.

Hard GZ regressa às origens com LACOSTA II

Hard GZ encerra o ano regressando ao ponto onde tudo começou. O rapper galego lança LACOSTA II, o seu quinto álbum de estúdio. Não o apresenta como um simples disco, mas como um reflexo direto da sua gente, do seu entorno e da costa que o viu crescer. “Um retrato honesto das pessoas que me rodeiam e do território que me fez ser quem sou”, resume o próprio artista.

O projeto já tinha revelado o seu tom íntimo com Asturiana, um primeiro avanço dedicado à sua companheira, faixa que define a sensibilidade que percorre todo o álbum. A partir daí, Hard GZ expande esse gesto num trabalho que olha para as suas raízes como forma de vida. É a sua forma de regressar à origem, ao quotidiano que moldou o seu carácter e a sua música.

A costa como horizonte

Em LACOSTA II, a costa galega não surge como uma imagem de postal, mas como o coração emocional e social do álbum. Aldán, Povisa, Domaio, Bueu ou a Ría aparecem como cenários das histórias que marcam as suas letras — desde a vida dura dos marinheiros até à necessidade de resistir e seguir em frente, procurando sempre motivos para não desistir.

“Fala da minha gente, da minha família e do que significa vir da costa galega”, explica Hard GZ. Em temas como LACOSTA II, produzido por Tan Brownie, condensa a dureza do ambiente que o rodeia: “Tudo o que conseguem a trabalhar gastam aos fins-de-semana / muitos desistem, mas outros não baixam os braços”. A sua escrita mistura castelhano e galego com naturalidade — “non chega a diluviar, pero vai como un orballo” — reforçando a identidade que serve de coluna vertebral ao projeto.

Cronista do seu bairro

Em vez de se colocar no centro do relato, Hard GZ assume o papel de cronista. São as vozes do seu bairro, dos seus amigos e da sua família que atravessam o disco. Ele limita-se a organizar essa memória coletiva e transformá-la em canções que funcionam como documentos sociais. Essa sinceridade encaixa naquilo que sempre o definiu: um rap direto, combativo e comprometido com as realidades que retrata.

Um álbum sonoramente diverso

Musicalmente, LACOSTA II abraça uma grande variedade de texturas. A crueza urbana de Manteca, com a participação do também galego Dirty Suc, convive com temas mais melódicos e acústicos como Te quiero tanto, em colaboração com Kelly Fara. A produção — a cargo de Nudo, Tan Brownie, Tony Anzis e Marcelus Airlinez — sustém essa viagem entre dureza e sensibilidade sem perder coesão.

Um futuro em aberto

Pedro Ruibal, o nome por detrás de Hard GZ, passou anos a construir um discurso próprio dentro do hip hop espanhol. A sua capacidade para narrar a vida nas ruas, a realidade operária e as dinâmicas dos bairros tornou-o uma das figuras de referência no panorama atual. Prova disso são conquistas recentes como encher o WiZink Center em 2025 ou compor Voltarei, o hino do regresso do RC Celta às competições europeias.

Com LACOSTA II, Hard GZ não procura reinventar-se, mas reafirmar-se. É um regresso ao ponto de partida, mas com um olhar mais maduro e consciente. Um gesto que fala tanto do artista como do território que o formou — e que, isso fica claro, nunca abandonará.

HARD GZ lança “Asturiana”, o primeiro avanço de LACOSTA II.

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